* Do tempo realizado e do tempo sonhado *

10 de nov. de 2012

O pingo que pinga

Não sei vocês, mas porque será que toda vez que vou escovar os dentes, já arrumada pra sair, tem que pingar a espuma na roupa?
É de lei: por mais que eu tome cuidado, por mais que use pouca pasta na escova, por mais que quase enfie a cabeça dentro da pia, um segundo, um mínimo descuido e o pingo pinga na roupa!  E pinga bem abaixo do pescoço, ou seja, no lugar mais visível possível e de preferência em roupa escura.
E nunca sabemos a hora exata que ele pinga. Não... Só vamos nos dar conta já na saída, fechando a porta de casa, entrando no elevador, e aí temos ( eu pelo menos ) que voltar, esquentar água, procurar uma pontinha limpa da tolha de rosto para molhá-la e tentar, eu disse tentar, apagar o pingo.
Quer dizer, pingo é um modo delicado de chamar aquele borrão esbranquiçado e escorrido  já secando e grudando na roupa. E a tentativa acaba resultando em uma mancha mais escura e morna no tecido úmido grudando na pele, causando mais nervoso ainda. 

E aí só há uma solução: render-se à derrota diante do pingo e trocar de roupa.   

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