* Do tempo realizado e do tempo sonhado *

26 de nov. de 2012

Bananeiras



¨A bananeira, planta tipicamente tropical, exige calor constante e  alta luminosidade.  É uma planta de caule subterrâneo, que se desenvolve em sentido horizontal, e do qual surgem folhas que crescem para fora da terra, formando o falso tronco. Apenas uma vez na sua vida, cada caule falso dá um ramo de flores, que, aos poucos vai, se transformando num cacho de bananas¨.



Sou apaixonada por árvores, em especial bananeiras.  
Bananeiras são árvores tão preguiçosas... Sempre me lembram  uma rede, um domingo de sol.
Na beira da estrada me fascinam: me remetem a um Brasil que não conheço e, talvez por isso as ache tão brasileiras, com seu jeito caipira.   
Folhas longas, largas, generosas em sombra e única em flor e fruto. 
Calor, secura de vento, caldo de cana e saudade.

23 de nov. de 2012






"O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque nós não sabemos como renovar a sua fonte. Morre de cegueira e dos erros e das traições . Morre de doença e das feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho."

Anais Nin

22 de nov. de 2012

Paixão de verão

Verão chegando...
Mil planos de viagens, praia, Rio de Janeiro, biquíni novo, vontade de pegar uma cor.  Tudo muito certo, tudo muito bom  mas...e a paixão?

É isso que falta e é nisso que me peguei pensando hoje de manhã enquanto fazia minha caminhada.  Caminhava e ouvia meu mp3 e enquanto era a  Amy, estava no pique e tudo bem. Mas aí começou o Henri Salvador com ¨Dans mon ille¨ e ¨ Tu sais Jê vais t’aimer ¨ e meu passo diminuiu, meu olhar desceu do horizonte, tudo ficou meio bucólico e o tempo pareceu adquirir outra dimensão. Meu coração me questionou sobre a quanto tempo  não tenho uma enlouquecida paixão de verão.  Sim, amores vieram: tímidos, românticos, quase com a cumplicidade de um grande amigo, serenos. E nos separamos sem cenas nem muitas explicações. Aconteceu de chegarem, de ser bom, de nos encontrarmos e nos separarmos.

 

Mas uma paixão de verão? Ah, quem não quer? Daquelas de ter ciúme e dar bandeira que teve ciúme, um amor meio irresponsável, absurdo e  possessivo.  Paixão  de sentir borboletas voando entre o estômago e a garganta só de ouvir o telefone tocar, só de vê-lo chegando com passos lentos, fazendo de conta que também não está apressado e ansioso para o beijo escandaloso, o abraço tão apertado que quase nos rouba o ar. Amor apaixonado, naquele jeito do ¨só vou se você for...¨

Paixão de verão, ardida de praia, de sal, de suor, de mar.

De fingir que ficou magoada sem motivo só para vê-lo sem entender nada e ficar serio e quieto e se afastar um pouco e nos chamar de infantil e dizer que não sabe porque nós mulheres fazemos isso... Até chegarmos devagarinho, juntinho, pertinho, abraçá-lo com carinho e com a cara mais deslavada dizer que não entendeu.  Ficar hoooras no telefone de manhã depois de passar  uma noite inteira juntos.

 

Paixão de verão. Sem regras, sem normas, sem medo, sem vergonha de nada nem de ninguém. Avassaladora, de muitas conversas encantadas, recheadas de novidades e urgências na pressa das declarações sem pensar.  Avassaladora até nos silêncios, que serão muitos e muitas vezes mais que necessários para manter o fogo dessa paixão.         


10 de nov. de 2012

O pingo que pinga

Não sei vocês, mas porque será que toda vez que vou escovar os dentes, já arrumada pra sair, tem que pingar a espuma na roupa?
É de lei: por mais que eu tome cuidado, por mais que use pouca pasta na escova, por mais que quase enfie a cabeça dentro da pia, um segundo, um mínimo descuido e o pingo pinga na roupa!  E pinga bem abaixo do pescoço, ou seja, no lugar mais visível possível e de preferência em roupa escura.
E nunca sabemos a hora exata que ele pinga. Não... Só vamos nos dar conta já na saída, fechando a porta de casa, entrando no elevador, e aí temos ( eu pelo menos ) que voltar, esquentar água, procurar uma pontinha limpa da tolha de rosto para molhá-la e tentar, eu disse tentar, apagar o pingo.
Quer dizer, pingo é um modo delicado de chamar aquele borrão esbranquiçado e escorrido  já secando e grudando na roupa. E a tentativa acaba resultando em uma mancha mais escura e morna no tecido úmido grudando na pele, causando mais nervoso ainda. 

E aí só há uma solução: render-se à derrota diante do pingo e trocar de roupa.   

5 de nov. de 2012

Coloca onde?

Troquei minha antiga geladeira por uma nova.  Branquinha, nada de grandes sofisticações, se gelar alimentos e bebidas está mais que bom.
O técnico veio instalá-la, ou seja, ligar na tomada.  Esse procedimento foi imprescindível para ¨garantir a garantia¨.  Não fiz muitas perguntas porque tudo me pareceu mais que certo; um pequeno ajuste nos pés e pronto, sou a feliz proprietária de uma geladeira novinha em folha!
Mas aconteceu algo, um detalhe:  Nos acessórios à parte, sobrou uma bandeja porta ovos, que deveria ser anexada em algum lugar. Talvez na porta ou encima da bandeja de frutas, ou ao lado da segunda prateleira, enfim, onde? Como um bullying eletrodoméstico, nenhum cantinho da minha nova geladeira quer aceitar a bandeja porta ovos.  Tem duas astes, uma em cada lado; tentei, tentei, revirei, analisei e nada.  Me afastei uns dois metros , quem sabe de longe com uma visão do todo,  a solução se apresentasse. E nada. Fui verificar o encarte e a bandeja porta ovos  pertence a esse modelo de geladeira, não há erro.  Vi a foto e tudo e... A foto! Agora achei!  Tem que retirar a bandeja de temperos e queijos que fica na porta e encaixar no lugar a bandeja porta ovos. Simples assim!
Mas... e a bandeja de temperos e queijos, coloca onde?   

4 de nov. de 2012


Mito das Almas Gêmeas





Era o tempo dos deuses... Havia uma civilização onde a harmonia e o amor reinavam, pois ela havia sido criada por Vênus e Eros. Uma civilização muito, muito diferente... Os seres possuíam quatros braços, quatro pernas, duas cabeças e dois troncos distintos, um tronco feminino e masculino, mas.. com apenas uma alma... E esta harmonia provocou a fúria de outros deuses. Então, os outros deuses, enfurecidos enviaram uma tempestade com relâmpagos e trovões naquela civilização... Vênus e Eros tentaram lutar, mas foi em vão. E cada relâmpago que caía na civilização atingia um ser, foram dois dias e duas noites de tempestade e fúria. Os corpos eram divididos pelos relâmpagos e levados pelas águas, separando a parte feminina da masculina e dividindo sua alma ao meio... E, assim muitos se perderam, muitos ficaram sozinhos, mas conseguiram sobreviver. E, até hoje vivem na luta e na busca de sua outra metade, a sua Alma Gêmea.



Blog Fifi La Noir.