* Do tempo realizado e do tempo sonhado *

29 de mar. de 2013

São as gramas de março...





Anteontem, indo para minha caminhada, senti um cheirinho gostoso de mato no ar. 
Andando mais adiante o perfume me perseguia: outras calçadas, na portarias de outros prédios, nas casas, todas as gramas sendo aparadas em uma grande manifestação ecológica. Jardineiros paramentados em cada rua, dando vida à novas graminhas... 
Cheirinho de sitio nas ruas do meu bairro. 

22 de mar. de 2013

A culpa é da pedra!

Vocês já repararam que quando nós tropeçamos em uma pedra ou buraco olhamos com cara feia para o chão como se eles fossem os culpados? De que adianta? A culpa é nossa de não prestar atenção onde vai e pisa e não da pobre pedra ou de um buraco na calçada.    
Que bom seria em relação a todos os tropeços e tombos que vamos levando pela vida, a todas as ¨pedras¨ em nosso caminho, se conseguíssemos parar de culpar os outros, assumir o erro e seguir em frente.   

No seu poema, Drummond não disse como resolveu  o dilema da pedra no meio do caminho; mas fiquei com a certeza de que ele foi corajoso: permitiu que ela ficasse em seu passado. Fez o favor a si mesmo e à ¨pedra¨.

9 de mar. de 2013

Ai de mim, Copacabana!


Não existe lugar melhor para se sorrir, brincar, trabalhar, amar,  ser especial e ser mais um na multidão do que em Copacabana. 
Todas as ruas de Copacabana  vão dar no meu coração. 

A minha Copa tem o movimento e o corpo da minha adolescência, do mar, dos ¨jacarés¨ pegos nas manhãs de verão. Dos amigos em roda esparramados na areia, sobre toalhas em morrinhos confortáveis.
Teu encanto, minha Copa, é que não tens preconceito, teus habitantes são livres.

Cada vez que te reencontro volto a respirar e sou mais feliz. Teus lugares tão familiares: os mercadinhos, as bancas de revistas, as esquinas com seus botecos, os gringos com suas sandálias com meias, pendurados em suas Kodaks.  Tigelas de açaí, prostitutas,  as sras viúvas de generais, bicicletas serpentiando a orla, os teus porteiros  paraibanos,  os cachorros  aguados pelo mar, soltos ou guiados por moças de família ou pelos rapazes sem família de tão alegres que são.
Cada vez que volto, minha Copa, tenho vergonha por estar tão  ¨europeia¨.    
Me bastam dois dias e já sou morena, mulata sorridente,  seduzindo teus capitães dos mares!


¨Deus é mais belo que eu.  E não é jovem. Isto, sim, é consolo ¨. 

Adelia Prado

8 de mar. de 2013

Nosso dia!

Se bem que todos os dias são nossos... ( convencidérrima ).

Não haveria espaço aqui para todas as mulheres que merecem ser homenageadas hoje, então vou homenagear apenas cinco que admiro , cada uma em seu segmento. Em seu quadrado, como diria minha amiga Giovana.


Madre Teresa sempre estará em primeiro lugar
Angelina, pelo trabalho realizado como Embaixatriz da ONU.  

Nossa Maria Bonita, que além de bonita, era corajosa por tudo que enfrentou. E ainda gostava de cachorro, gente!
Linda e doce Marilyn, por ser um ícone de feminilidade e sensualidade


A nossa Leilinha Diniz, que influenciou varias gerações de mulheres

1 de mar. de 2013



Cavalheirismo: s.m. Ação, característica, atributo ou comportamento de cavalheiro; qualidade de quem demonstra gentileza, cortesia, civilidade. 

Estava eu assistindo a um programa na TV quando surgiu o velho lamento masculino com relação às mulheres independentes: ¨Elas não admitem cavalheirismo, querem competir com os homens e depois reclamam quando o homem não é gentil, não é atencioso e cavalheiro¨.
O que querem essas mulheres afinal??!

As mulheres querem ter a felicidade de trabalhar no que as realiza; elas querem ter o gostinho da independência sim e vão à luta para conseguir. Mas o que os queridos homens ainda não  entenderam é:
Uma mulher ser independente não quer dizer que ela não goste de ser tratada como uma princesa.  Elas são sinceras e seletivas, não querem manipular seus companheiros fazendo o tipo burrinha-bobinha para conseguir atenção e carinho, entendem?
Elas querem ser vistas pelos homens como mulheres e não sob o rótulo de mulher independente.
Os homens que estão reclamando por acaso já experimentaram de verdade ser gentis e cavalheiros ao se sentirem atraídos por uma mulher independente? Já observaram que as mulheres quando estão apaixonadas, por mais fortes que sejam são uma manteiga derretida ao lado do seu homem? Vocês que reclamam já gostaram realmente quando essa mulher independente está carente e pede colo? E deram o colo?
Vamos procurar entender nossas diferenças? Vamos parar de ficar procurando estereótipos um no outro?  Vamos finalmente acreditar que somos capazes de viver um grande amor?