* Do tempo realizado e do tempo sonhado *

9 de mar. de 2013

Ai de mim, Copacabana!


Não existe lugar melhor para se sorrir, brincar, trabalhar, amar,  ser especial e ser mais um na multidão do que em Copacabana. 
Todas as ruas de Copacabana  vão dar no meu coração. 

A minha Copa tem o movimento e o corpo da minha adolescência, do mar, dos ¨jacarés¨ pegos nas manhãs de verão. Dos amigos em roda esparramados na areia, sobre toalhas em morrinhos confortáveis.
Teu encanto, minha Copa, é que não tens preconceito, teus habitantes são livres.

Cada vez que te reencontro volto a respirar e sou mais feliz. Teus lugares tão familiares: os mercadinhos, as bancas de revistas, as esquinas com seus botecos, os gringos com suas sandálias com meias, pendurados em suas Kodaks.  Tigelas de açaí, prostitutas,  as sras viúvas de generais, bicicletas serpentiando a orla, os teus porteiros  paraibanos,  os cachorros  aguados pelo mar, soltos ou guiados por moças de família ou pelos rapazes sem família de tão alegres que são.
Cada vez que volto, minha Copa, tenho vergonha por estar tão  ¨europeia¨.    
Me bastam dois dias e já sou morena, mulata sorridente,  seduzindo teus capitães dos mares!


2 comentários:

Jaime Guimarães disse...

Os lugares mágicos sempre se conservam - e resistem a ação do tempo. Revigoram a alma e fazem bem para o coração!

Abs!

Vanessa disse...

É verdade... O tempo não passa na nossa memória afetiva.

Abraços!