Uma mulher sozinha, seja
divorciada, viúva ou solteira; que more só, por mais independente que seja, tem
que matar não um leão mas vários leões por dia para se impor, resolver
problemas referentes à casa, ao carro e a quaisquer situação em que precise dos
serviços de um profissional em sua casa. Um profissional que, como o nome diz,
deveria trabalhar bem, de forma respeitosa. E o mais importante : Fazer o mesmo
serviço em qualidade e preço que faria a um homem sozinho ou a uma família.
Nós mulheres que moramos sozinhas,
donas de nossos narizes, pagamos um alto preço pela nossa independência. Podemos ter tido dez maridos, cinco irmãos lutadores de MMA, se no
momento estamos sozinhas, quase sempre vamos passar por situações de
constrangimento, olhares maliciosos, insinuações com duplo sentido e, em último
caso de descaramento e machismo exacerbado, levar mesmo uma ¨cantada¨ ( tem
homem que não tem noção ).
As ainda casadas não tem ideia de
como é. Sorte delas. São os respectivos maridos que recebem o pedreiro em casa
e dizem o que querem e como querem e tudo é feito como combinado, sem atrasos,
sem enrolação, sem custos extras; são os santos maridos que vão à loja exigir a
troca de um produto ou reclamar de um defeito e nunca ouvem: ¨ Ninguém reclamou desse produto...Só a
senhora ¨; são os corajosos maridos que vão à Delegacia de Furtos e roubos dar queixa
e ouvem: ¨Sim Dr, pois não, Dr, faremos o possível, Dr¨!
Isso sem falar ao sofrermos abusos
mais graves, como o preconceito das próprias mulheres, como aconteceu há algum tempo comigo e um pedreiro. Ouvi sem
querer da porteira do prédio:
¨Vai saber se não provocou¨!
E a síndica, também mulher, também
sozinha, também vítima dessas situações, ao saber disso sequer tomou alguma
atitude.
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