* Do tempo realizado e do tempo sonhado *
18 de abr. de 2014
30 de mar. de 2014
Acorda, Alice!
Nos últimos vinte anos tenho ouvido
lamentações de mulheres que não acham um namorado, um marido, um companheiro
para compreendê-la, amá-la (de preferência falando que a ama de cinco em cinco
minutos), ser O provedor, figura paterna, figura filial, figura fraternal, que
tudo que ele queira na vida é ser pai dos seus filhos e aceitar, claro, dividir
toda a educação do filho com você, e que nunca, nunquinha irá abandoná-la nem
por uma gata de vinte anos e que não tem o menor jeito para lidar com crianças. Mulheres reclamando que não têm chances na vida, que não conseguem um emprego que preste. Etc. Etc.
Acorda, Alice! A vida não é filme, você não entendeu. A
vida não é um jardim florido, você não é uma princesa encantada e aquele que
vem lá, montado em um cavalo branco, deve ser algum ator fazendo um filme
medieval pelo seu bairro: Não é um príncipe encantado. Pelo menos não como
você imagina e deseja.
Eu li um livro em que uma fada madrinha dizia para princesa:
¨Querida, pra você ter um príncipe é preciso beijar um
sapo. O problema é que você não quer beijar sapos. ¨ Foi a frase mais brilhante
que já li sobre relacionamentos; sobre a cabeça da mulher. Inclusive a minha
cabeça há uns trinta anos atrás.
Vamos combinar uma coisa, Alice? Estude, trabalhe muito,
se garanta financeiramente. Os homens não gostam de mulheres dependentes. Consiga um ótimo emprego, faça concursos se
for o caso, se mate de estudar e acredite piamente que para o ¨circo¨é
extremamente necessário o ¨pão¨.
Aí fique bonita PRA VOCÊ MESMA, aí faça planos PARA VOCÊ
MESMA, invista em você, faça terapia para ser mais feliz, viaje, faça boas
amizades, se
realize como mulher, faça de um tudo para se conhecer melhor, para crescer, seja feliz por você mesma! Namore, case, e se for da sua vontade,
tenha filhos! Construa a sua família. Se for da SUA vontade também.
Não coloque todas as laranjas na mesma cesta. Não coloque só nas mãos de um homem o poder absoluto de lhe fazer feliz. Não vai dar certo, Alice.
Não coloque todas as laranjas na mesma cesta. Não coloque só nas mãos de um homem o poder absoluto de lhe fazer feliz. Não vai dar certo, Alice.
Ou não faça nada disso. Vá atrás de um sonho difícil e
complicado. Saia flutuando nas nuvens
esperando o marido-príncipe. Compre um lugar no mundo da lua e fique por lá.
Mas depois não venha reclamar que o príncipe tem mau
hálito, que o cavalo dele é ¨cor de burro quando foge¨, que ele não é romântico
e nunca lhe disse eu te amo. Que não tem ambição para ganhar dinheiro, que se
contenta com o pouco que a vida dá, que ele nem olha direito para os filhos.
Você perguntou algum dia se ele realmente queria ter filhos?
Depois não fique dizendo que ele deixou a responsabilidade
do casamento para você resolver sozinha,
ou que é um conquistador inveterado, um ¨galinha¨. Que você não sabia de nada
disso.
Sabia sim, Alice. Você viu e achou que com o tempo, com
seu jeitinho meigo, iria mudá-lo.
Acorda, Alice! Ninguém muda ninguém.
E agora fica choramingando para as amigas que ele é outro homem. Que te trocou por outra, mais nova ou mais velha, não
importa. Outra. Provavelmente mais esperta que você. Outra que não está nem aí para
príncipe nenhum. Que é feminina e nada racional.
Ah... Seu filho não lhe dá explicações? Está namorando uma
piriguete e já não passa os fins de semana com você nem te telefona pra dizer
que vai se atrasar? E lamenta todos os anos dedicados a ele, que em troca só te
dá ingratidão?
Mas ele não precisa mais tanto assim de você. Filhos são para o mundo, Alice. E a
piriguete pode proporcionar prazeres a ele que mesmo a melhor mãe do mundo, que
é você, não pode.
Está desempregada ou insatisfeita com seu emprego, fica
pulando de Setor em Setor mais que pipoca na panela? Pois é, Alice, achou que aquele príncipe provedor
resolveria isso também.
Alice, você quer ficar dormindo, imersa em sonhos,
buscando sempre os mesmos problemas, achando que a culpa é do mundo, dos
homens, dos filhos, do governo, das amigas que não te ouvem mais e se ouvem,
concordam com tudo pra não te magoar; quer chorar
sobre a cerveja derramada ou quer tomar um rumo na vida?
Acorda, Alice! A
culpa é sua!
27 de mar. de 2014
8 de mar. de 2014
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beijos
Vanessa
7 de mar. de 2014
O último pedaço
Não sei se vocês também têm essa percepção ou se é coisa
de gente meio doida como eu. Eu sei exatamente o momento que acaba qualquer
coisa que eu esteja saboreando.
Quando estou comendo um chocolate,
um biscoito, um saco de amendoins, pipoca, balas, etc, eu sei exatamente
quando acaba.
Aí vocês vão pensar que sou doida mesmo porque
todo mundo sabe quando acaba o que está comendo, é só olhar para o prato. E eu respondo: Nem sempre.
Digamos, por exemplo, que você está assistindo televisão
no escuro, comendo uma barra de chocolate sem o papel: eu sei, ou melhor, minha
boca sabe quando chego ao último pedaço, mesmo sem vê-lo. Podem me vendar os olhos que minha
boca sabe. Minha boca deve ter algum
sensor de últimos pedaços ligado ao cérebro.
O último pedaço tem um sabor especial; talvez até todas as
últimas coisas que fazemos tenham este mesmo sabor diferenciado e nós não nos
damos conta:
O último beijo, o último gole de refrigerante, o último
degrau, o último papel de um bloco de notas, a última briga ou a última transa
com um namorado... Não, a última transa,
quando a gente ainda sente atração e sabe que será a última, tem sim,
claramente um sabor diferenciado.
(Opa, eu estava falando de chocolate, de doces, não vamos
entrar no campo sexual senão posso me confundir).
É um sensor, sem dúvida, que deve dar um choquinho no cérebro.
Resolvi contar isso aqui porque essa semana mesmo estava
deitada assistindo um filme e comendo chocolate. Comendo pedacinho
por pedacinho. De repente cadê o chocolate? Acabou. Acabou? Minha boca me dizia
que não havia acabado e fui tateando o lençol em busca do último pedaço e não
achei.
Olhei, tateei e nada. Pensei comigo mesma sem muita certeza: Que pena, acabou
e eu nem saboreei o último.
De um jeito desconfortável me conformei. No dia seguinte,
quando levantei da cama, lá estava o último pedacinho no chão.
Olhei e pensei: Eu sabia que
não tinha acabado!
4 de mar. de 2014
¨Soco¨
Ganhei
um ¨Soco¨e fui pra casa. Como levar esse Soco e ficar quieta?
Abri-o
com a devida atenção pós-trauma, esperando algo visceral e dramático e o que
leio é puro encantamento cotidiano. Uma cidade que se apresenta surreal. Vitral
em preto e branco. Fiquei mais que quieta; concentrada.
Que
livro é esse que a Giovana e o Edemar me envolveram? Ruas trocadas, gatos que
falam e prevêem o futuro, camisas pretas e brancas, solidões, fotos
dissolvidas, Mirassol estarrecida ...
Eu,
rendida para um próximo Soco: Sois vós, Giovana e Edemar, que vieram me salvar?
¨Quem
recebe um Soco, já sabe do que é feita a vida¨.
Amei
o livro de vocês! Livro bom é assim: A gente almoça com ele, vai ao banheiro
com ele, dorme abraçada com ele.
2 de mar. de 2014
Amigas
Mulheres são competitivas
Mulheres são invejosas
Mulheres são falsas
Mulheres são traiçoeiras
Estes são os comentários que mais ouço e leio a respeito
da
amizade entre mulheres.
Fico assustada porque a colheita vem do que semeamos.
Tenho queridas amigas:
Que me ouvem
Que me ouvem
Que me apoiam
Que são sinceras, nos elogios e nas críticas
Que fazem a vida ficar mais leve.
Giovana, Kátia Rejane, Cacau, Vivi
Giovana, Kátia Rejane, Cacau, Vivi
quando nos encontramos é sempre para acrescentar
pelo simples prazer das nossas companhias
pelas conversas interessantes
pelas gargalhadas divertidas
pelas gargalhadas divertidas
e pelas confidências sussurradas.
E muito bom estar com vocês!
27 de jan. de 2014
A armadilha do PET
Foi na última semana,
quando uma amiga me enviou uma foto de seu quintal de permacultura, e com
orgulho ela escreveu: "Olha estou reciclando garrafas de PET, utilizando
no viveiro para as minhas plantinhas." A minha amiga se acha
ecologicamente correta e consciente, mas sem querer ela entrou na armadilha da
grande indústria do plástico e do petróleo.
Por anos, incontáveis
de workshop de reciclagem ensinaram aos brasileiros, criancinhas, adultos,
idosos, donas de casa, comunidades carentes e povos indígenas, a maravilha de
“reciclar” garrafas PET. As garrafas de PET usadas passam então a servirem para
várias coisas. Vasos para plantas, brinquedos, bijuterias, árvores de Natal, móveis
ou qualquer coisa inimaginável. Paralelo a isso, foi criado um mercado de
roupas com malha PET, identificada como ecologicamente correta. Camisas
caríssimas porque salvam o Planeta, diz a propaganda.
Uma mentira que só
virou verdade nesta sociedade do século 21, porque foram repetidas milhares
vezes. A realidade é essa: O uso de uma garrafa PET velha no seu quintal ou em
forma de roupa, ou como um “telhado verde”, não é reciclagem e nem preserva o
meio ambiente. Reciclagem é quando uma garrafa PET velha vira uma garrafa PET
nova, como é feito com as garrafas de vidro. Só assim o uso da matéria prima, o
petróleo, e o gasto de energia estarão reduzidos. Mas o que acontece com a PET,
na realidade, é o contrário disso. A garrafa PET na prática mundial não vira
uma nova garrafa PET. A garrafa velha vira um outro produto, um processo que
internacionalmente recebeu o nome “Downcycling”.
Ao contrário do vidro,
a PET não pode ser reutilizada na linha de produção original e o seu processo
de reciclagem de verdade é ainda caro e complicado. Por isso a indústria de
embalagens prefere utilizar matéria prima para seus produtos e inventou a
propaganda da PET-Recicling.
Novos mercados para o
lixo de PET foram criados que de fato estão estimulando a produção de novas garrafas
PET à base da matéria prima petróleo. Por exemplo, o novo mercado de
Eco-Camisas, Eco-Bolsas ou Eco-mochilas de PET, precisa de produção de novas
garrafas de PET à base da matéria prima. E isto é um ato contra a
sustentabilidade, contra o meu ambiente e contra a nossa própria saúde.
Pior: ao contrário das fadas da propaganda da indústria química, a
produção de PET nem é fácil ou limpa. Além do uso de petróleo, também várias
substâncias tóxicas são necessárias ou são criadas durante o processo. Por exemplo,
a indústria está usando trióxido de antimônio no processo de fazer PET. Mas
antimônio é um metal pesado venenoso e pode criar câncer. “A Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) .
classifica o trióxido
de antimônio no Grupo 2B – possivelmente carcinogênico para o ser humano.”
A substância orgânica Bisfenol-A (BPA) é
um outro grande vilão na produção de garrafas de plástico e de outras
embalagens. Esta substância de fórmula (CH3)2C(C6H4OH)2 é um estrogênio
sintético e pode causar câncer e infertilidade. Já foi provado há anos que o
Bisfenol-A pode contaminar os líquidos dentro das garrafas de PET ou de outros
plásticos.
Quem compra garrafas
de PET e as usam no seu quintal como um viveiro ou quem cria um sofá de PET ou
bijuterias, também está responsável pela continuidade do uso do petróleo, pela
mineração de antimônio e seus efeitos danificadores e pela contaminação do meio
ambiente com substâncias tóxicas e cancerígenas.
O mundo não precisa de
garrafas, camisas ou viveiros de PET. Vidro é o melhor material para guardar
qualquer bebida, inclusive a água. As garrafas de vidro podem ser reutilizadas
centenas de vezes. E o material de vidro pode ser reciclado sem fim. O próprio vidro
é a melhor matéria prima para fazer vidro.
Fonte: EcoDebate.
Norbert
Suchanek
4 de jan. de 2014
25 de dez. de 2013
Princesas
Nas lojinhas da Disney são vendidos os personagens dos
desenhos animados para serem colocados na antena do carro. São vários:
Mickey, Minie, Nemo, stitch, a coroa das princesas, etc...
Comprei três quando estive lá. O stitch, que infelizmente
ficou muito encardido com o tempo e ao
lavá-lo acabou muito feinho;a coroa da princesa, toda rosa com pedras rosas e o
Mickey, que ainda está guardado.
Atualmente estou usando a coroa rosa, que acho linda. E
tenho percebido com carinho certas diferenças. Quando usei o Stitch eram os
meninos e os adultos que gostavam.
Já a coroa das princesas faz a alegria das meninas! Elas sorriem empolgadas apontando pelo vidro
dos carros, param nos estacionamentos dos Shoppings, olhando encantadas.
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